quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dois mais dois são dois...



Olhei-te sozinho em meio à multidão. Você estava lindo com aquele seu jeito simples de ser e com um sorriso nato no rosto. Eu estava do outro lado da rua esperando o sinal fechar para atravessar e te admirava em olhares. Verão de 1967. Ano do meu final feliz e de minhas primazias de menina.
Notei com muita dificuldade que você estava acompanhado com uma mulher e eu me dei conta que estava com o meu namorado estável e cabeça oca do lado, que não parava de me paparicar com carinhos de gestos e pensamentos vazios que eu já nem sentia.
Como podia então? Eu o amava e queria ficar com ele, mas como? Voltei a minha realidade fria e resolvi deixar passar...
O sinal fechou você passou e eu também, você me olhou e eu também, você se foi e eu também...

Resposta


Por que me deixar-te me em meio aquela chuva da madrugada. Por que não me destes aquela resposta. Aquela que eu já esperava não a que você me deu. Silencio!
Você sabe quantas vezes meu coração palpitou só de pensar em você? Sabe o que eu passei para ficar ao seu lado nos dias de luta?... Então você não tinha o direito de me dar àquela resposta. Uma resposta nua e crua, cuspida de sua boca sedutora.
Quando você pensar novamente em me procurar, lembre-se de sua resposta. A resposta bruta que você me deu, aquela resposta de sangria, que ficara marcada em mim. E então eu lhe direi bay-bay amor você nunca me mereceu!

Relógio


Meu coração dispara quando te vê e meus sentidos se aguçam se pegas em minha mão. Seus olhos me transportam para um lugar magico, longe de minhas razões e de meu superego. Não me deixe se esquecer de você, sabes que o nosso amor rompe barreiras e é paciente. Você me esperou a vida inteira então porque não esperar um pouco mais minha resposta?
Sabes que eu preferiria mil vezes estar contigo, sabes mais que eu, mas minha vida terá de se adaptar a sua para não corremos o risco de amar em vão. Quando nos encontrarmos novamente eu te direi minha resposta, e então, seremos um.